quarta-feira, 28 de abril de 2010

DENTIÇÃO

A dentição é um processo através do qual os primeiros dentes temporários (de leite) do bebê irrompem a gengiva. Normalmente, a dentição começa entre o sexto e oitavo meses de vida. Depois que o primeiro dente do bebê aparece, um dente novo aparecerá mais ou menos a cada mês. Embora a velocidade e ordem de nascimento dos dentes varie de criança para criança, os dois dentes do meio na arcada inferior tendem a irromper primeiro, seguidos pelos dentes inferiores circunvizinhos e depois os outros dois dentes do meio superiores. Os molares são os últimos a aparecer. A erupção continua até o conjunto completo de vinte dentes de leite tenha aparecido, geralmente em torno do trigésimo mês de vida.
Os dentes permanentes começam a aparecer em torno dos seis ou sete anos de idade. Com o nascimento do dente permanente, o dente de leite substituído cai. Felizmente, os dentes permanentes emergentes não provocam a mesma irritação e desconforto que a primeira dentição (com a exceção do último conjunto de molares, também conhecidos como dentes do siso, que geralmente irrompem no final da adolescência ou nos primeiros anos da vida adulta).
Os sinais da dentição compreendem gengivas doloridas e inflamadas, febre baixa, baba, vontade de morder objetos duros, irritabilidade, dificuldade em dormir e, muitas vezes, perda de apetite. A dentição também é, às vezes, acompanhada de uma tendência à congestão nasal, que pode levar a resfriados ou infecções de ouvido. Dor, desconforto e gengivas inflamadas experimentados pela criança em dentição resultam da pressão exercida contra o tecido das gengivas à medida que a coroa do dente rompe as membranas. As bochechas do bebê podem ficar vermelhas e rachadas como conseqüência da baba. Seu bebê pode mastigar ou chupar os dedos ou procurar um objeto para morder e mastigar. O bebê em dentição fica facilmente irritado e mais inquieto do que o normal, às vezes acordando de hora em hora durante a noite.



TRATAMENTO CONVENCIONAL

Para anestesiar a área e oferecer alívio temporário da dor da dentição, seu médico pode recomendar pomada de lidocaína ou benzocaína. Esses anestésicos locais podem ser esfregados (parcimoniosamente) nas gengivas do seu bebê.

TRATAMENTO FITOTERÁPICO

O óleo de cravo-da-índia atua como anestésico natural. Tem um sabor agradável e atenua rapidamente as gengivas doloridas. Contudo, deve ser usado com moderação, pois quantidades excessivas podem provocar bolhas. Para que não fique muito forte para seu bebê, misture uma gota de óleo de cravo-da-índia a 1 ou 2 colheres de sopa de óleo de açafroa. Com a ponta do dedo ou um cotonete, massageie a gengiva dolorida do seu filho com a mistura.
O pó de raiz de alcaçuz pode ser transformado em pasta, muito calmante para gengivas inflamadas. Misture uma pequena quantidade (cerca de 1/8 de colher de chá) a uma quantidade de água suficiente para formar uma pasta e coloque delicadamente a mistura nas gengivas do seu bebê.

HOMEOPATIA

Calcarea carbonica é boa para o bebê que tem dentição tardia com dificuldade de irrupção dos dentes. Esse bebê tem um rosto redondo e brilhante. Dê-lhe uma dose de Calcarea carbonica 9ch, duas vezes ao dia durante a dentição, somando ao todo seis doses.
Chamomilla é geralmente usado para dentição. É útil principalmente para o bebê cujas gengivas sangram facilmente e estão vermelhas, inchadas e sensíveis ao toque. Esse bebê é muito irritável, sente-se pior à noite, pior no calor e é reconfortado no colo. Dê a essa criança Chamomilla 6ch, de hora em hora, conforme necessário, somando ao todo seis doses.
Um composto para dentição pode ser útil ao seu filho se nenhum dos remédios citados anteriormente parecer adequado. Siga as orientações sobre dosagem indicadas no rótulo do produto.

RECOMENDAÇÕES GERAIS

Massageie as gengivas doloridas e irritadas do seu bebê com a ponta do dedo para ajudar a diminuir a dor e a tensão. Use uma gota de óleo de cravo-da-índia diluída em óleo de açafroa, conforme descrito anteriormente.
Escolha um remédio homeopático adequado.
Dê ao bebê em dentição algo duro para morder, como uma argola ou brinquedo de borracha dura, especial para bebês em dentição ou um pão dormido. Morder ajuda a contrabalançar a pressão exercida pelo dente emergente. Ao escolher coisas para seu bebê em dentição morder e mastigar, prefira itens inquebráveis e brinquedos sem peças pequenas que possam se soltar e provocar asfixia. Os objetos de borracha dura são os mais seguros.
O frio suaviza e anestesia gengivas doloridas. Mantenha vários objetos de borracha dura limpos e esterilizados na geladeira ou congelador para que seu bebê possa mastigá-los. Se seu bebê gostar do frio, quando um mordedor esquentar, substitua-o por outro frio. Experimente refrigerar uma maçã e dar ao bebê uma fatia para mastigar (corte uma fatia relativamente grossa, não um pedaço pequeno, que pode levar à asfixia). Alguns bebês gostam de espremer as gengivas contra a maçã em vez de mastigar uma argola de borracha gelada.

PREVENÇÃO

A dentição é um processo natural e não pode ser evitado. Contudo, a dor da dentição pode ser minimizada seguindo-se as sugestões anteriores.

QUANDO CONSULTAR O MÉDICO SOBRE SINTOMAS QUE ACOMPANHAM A DENTIÇÃO?

Como o processo de dentição propriamente dito causa estresse físico, o bebê em dentição é mais suscetível à doença. Febre e diarréia podem ocorrer durante a dentição. Esses sintomas indicam doença. O processo de dentição em si não provoca febre alta ou diarréia; portanto, se esses sintomas ocorrerem ou se seu filho parecer muito desconfortável, busque orientação médica.
DISLEXIA.

A dislexia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem. De fato, pesquisas atuais, obtidas através de exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as informações de um modo diferente, tornando-as pessoas únicas; cada uma com suas características, habilidades e inabilidades próprias (Associação Nacional de Dislexia, 2005).
DISLEXIA X ALFABETIZAÇÃO.
A dislexia torna-se evidente na época da alfabetização, embora alguns sintomas já estejam presentes em fases anteriores. Apesar de instrução convencional, adequada inteligência e oportunidade sóciocultural e sem distúrbios cognitivos fundamentais, a criança falha no processo da aquisição da linguagem. Isto é, ela independe de causas intelectuais, emocionais ou culturais. Ela é hereditária e a incidência é maior em meninos, numa proporção de 3/1, sendo que a ocorrência é de cerca de 10% da população Mundial (Nicco, 2005), embora freqüências altas de 20% a 30% tenham sido relatadas (Hallahan & Kauffman, 2000).
Pedagogia

Mordidas: Aprendizagem ou agressividade?

A mordida é uma forma de agressividade? O meu filho esta se tornando violento?

Porque as crianças mordem tanto? Essas e outras perguntas são constantemente feitas pelos pais. Ninguém gosta que seu filho seja mordido e, no geral, a família inteira se sente agredida ou preocupada quando seus filhos são mordidos ou mordem alguém.

Querem saber quem são os mordedores e, às vezes, sente-se culpados por deixá-los, ainda pequenos, em instituições que tenham tantas crianças desta faixa de idade. Por isso, é interessante que possamos aprender alguma coisa sobre a mordida: será que é um problema sério? O que significa a mordida?

Antes de mais nada, é bom lembrar que é pela boca o primeiro contato que uma criança tem com o mundo! Você já reparou em um bebê de quatro meses? Ele leva mãos e objetos até a boca. Porque será? Para conhecer um objeto, o bebê precisa ter experiências com ele. E nessa idade, o que ele sabe fazer é levar objeto à boca.

Cada vez que ele repete esta ação, está ampliando o seu conhecimento sobre um objeto e sobre as diferenças entre vários objetos: pesos, tamanhos, texturas, formatos diferentes, etc. Claro que estas experiências ensinam formas de ação para o bebê; não podemos dizer que haja elaboração e reconhecimento destas diferenças, pois isso se dará posteriormente, isto é, com a consciência do objeto.
Além destes comportamentos, várias são as formas de comunicação, neste primeiro ano de vida, que implicam no uso da boca, por exemplo, aceitar ou rejeitar um alimento, chorar quando está com fome, etc.

O choro varia de entonação, cada uma delas com um significado diferente, uma mensagem diferente, e os pais já sabem o que cada choro quer dizer, o mesmo ocorre com os sorrisos e o balbucio.
Depois o bebê cresce um pouco mais e começam as mordidas, que também são uma forma de comunicação com as pessoas e uma maneira de perceber o mundo. 1º –o duro e mole podem ser percebidos; 2 – em interação com outra criança, ou com o adulto ocorre uma mordida, haverá uma reação, ou seja, uma resposta social que, para ele, poderá ser nova e surpreendente. Consideramos também estas formas de comunicação como aprendizagem. O novo para criança merece repetição, principalmente quando é reforçado.
Mas não é simplesmente o riso do adulto, os comentários etc., que fazem com que a criança intensifique este comportamento.

As experiências individuais de cada criança frente às situações de vida também influenciam.
Por exemplo, a maneira como ele experimenta e reage ao sentimento de ciúme, a busca de atenção ou exclusividade. A vida em comunidade promove muitas vezes estas experiências.

A criança também pode se utilizar da mordida como reação agressiva a algum sentimento que está sendo impedido de se manifestar. Torna-se ou não um mordedor depende, inclusive, de fatores culturais: é comum os adultos brincarem com os dentes, sensações agradáveis e outras desagradáveis. Claro que esta fase também é rica de imitações...

Mas precisamente ter o cuidado de não rotular uma criança de um ano, um ano e meio como mordedor, sem compreendermos que é uma fase natural. Quando rotulamos uma criança como mordedor, divulgando para adultos e crianças que convive com ela, a fama desta fica perceptível a todos, e a criança começa agir de fato como um mordedor, pois socialmente, todos esperam dela esta reação.

Uma coisa é certa: todas as crianças entre um e três anos usam, freqüentemente, esta conduta para se comunicar, recurso este que praticamente desaparece quando a linguagem estiver mais desenvolvida. Sendo assim, talvez o melhor seja não se preocupar muito com o assunto, deixar claro á criança a dor que sentimos e principalmente, esperar que ela possa nos dizer com as palavras o que tentava nos dizer apenas com as mordidas.
Escolhendo o brinquedo ideal


Antes de aprender a escolher o brinquedo ideal, os pais precisam analisar e conhecer muito bem os gostos, interesses, facilidades e dificuldades da criança. Mesmo os brinquedos que estão dentro da recomendação de faixa etária podem ser inapropriados para seu filho, afinal essa é uma classificação geral, e cada criança é diferente da outra. Antes de decidir levar o brinquedo para casa, tenha certeza que o seu pequeno vai gostar do presente e que esse vai contribuir de alguma forma para o seu desenvolvimento.

Muitas vezes os pais acabam errando na escolha, pois levam algo que agrade a eles mesmos, e que pode se revelar extremamente complicado e desinteressante para a criança.

A preferência da criança deve prevalecer. Aquela história de que existem brinquedos exclusivos para meninos ou meninas já era. Isso na verdade não existe, convencionou-se desta forma. "Os meninos podem sim brincar de boneca e as meninas de carrinho, e eles gostam disso. Muitas meninas hoje em dia jogam futebol, que é um esporte como outro qualquer", garante a educadora Luciana Pierre. Durante a brincadeira, as crianças representam todos os papéis e isso é muito importante para a formação delas. "Vivemos no século XXI. Homens cozinham maravilhosamente bem e são ótimos pais, mulheres despontam como grandes empresárias, e em cargos políticos, enfim, é importante que a educação acompanhe a evolução da sociedade e seus diversos papéis sociais".

O assunto é tão sério que a Abrinq, Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos, desenvolveu o Guia dos Brinquedos e do Brincar. "Está claro que os brinquedos desempenham um papel decisivo para converter as crianças de nossos dias em adultos maduros, com grande imaginação e auto-confiança", diz a introdução do Guia.

A Abrinq levou em consideração diversos fatores para poder classificar de acordo com a faixa etária o brinquedo ideal, desde sua adaptação ao usuário, ou seja, a facilidade que a criança tem de manusear o brinquedo, até a sua contribuição para a formação da personalidade da criança.

Então, mãos à obra, vamos aprender a escolher o presente ideal!
Quando retirar as fraldas?

Dicas:
Tá chegando a hora - Uma dica para reconhecer que já pode começar o treinamento é quando a criança aponta ou comunica que está suja ou que está fazendo xixi ou cocô ou então quando se interessa pelo o que os pais ou irmãos vão fazer no banheiro.

Explique sempre o que acontece no banheiro de forma que a criança possa entender que aquele lugar é o ideal para fazer o xixi e o cocô. Deixar a porta do banheiro aberta faz com que a criança imite os mais velhos e perceba que esse “ritual” é corriqueiro.

Para iniciar o processo, compre um penico de escolha da criança e deixe no lugar em que a criança costuma brincar. A criança deve explorar o penico (não a deixe colocá-lo na cabeça) e ser estimulada a sentar nele com roupa, enquanto os pais explicam para que serve ou brincam com ela.

Quando a criança estiver familiarizada, coloque o penico no banheiro e passe as eliminações da criança da fralda para o penico na presença dela, sempre conversando e explicando o que acontece. Comece a deixar a criança de calcinha ou cueca sentada no penico.

Quando a criança conseguir passar uma grande parte do dia seca já se pode retirar a fralda. Não deixe de oferecer o banheiro ao pequenino várias vezes ao dia. Após o início do controle, ainda leva de 5 a 6 meses para que se efetue. Deve-se adaptar o vaso sanitário para a criança e estimular a utilização assim que estiver fazendo uso efetivo do penico.

Nunca retarde a ida ao banheiro quando a criança pedir. Respeite seus limites e capacidades. A fralda noturna pode ser retirada quando a criança começa a acordar seca. Isso acontece logo depois do controle diurno. As fezes são controladas um pouco mais posteriormente.

Vida sem fralda - Prepara-se para encontrar a cama molhada no começo do treino da retirada das fraldas noturnas. Isso é normal. Entre os dois e cinco anos de idade, a criança não tem total controle esfincteriano e podem ocorrer acidentes. Evite oferecer líquidos antes da hora de dormir e leve a criança ao banheiro antes de deitar ou mesmo durante a noite.

Não puna ou castigue a criança por ter fracassado. Essa atitude só atrapalha o aprendizado da criança. Elogie sem exageros quando a criança obter sucesso. Muitas vezes poderá ficar sentada no penico e no vaso sanitário sem fazer nada e assim que sair urinar ou fazer coco na roupa. É normal, o controle esfincteriano está começando. Limpe a criança e faça tudo de modo natural.